quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Invista nos lanches intermediários


O Brasil, assim como em outros países em desenvolvimento, passa por um processo de transição nutricional,caracterizada por uma diminuição da subnutrição e aumento do sobrepeso e obesidade, afinal, com a globalização e a urbanização, o consumo alimentar sofre mudanças na qualidade e na quantidade dos alimentos disponíveis.
O estilo de vida atual favorece a realização de mais refeições fora de casa, que, normalmente, pela comodidade e falta de tempo, são à base de alimentos calóricos, açucarados e ricos em gorduras como os salgadinhos, os refrigerantes, os sanduíches prontos e os doces, porém, esse padrão de alimentos também é visto dentro dos lares brasileiros.


Alguns estudos mostram a importância do hábito de realizar lanches intermediários, conhecidos por “snacks”, que auxiliam na redução da fome, evitam a compensação nas próximas refeições, diminuem flutuações dos níveis sanguíneos de insulina, glicose, colesterol total e LDL-colesterol (“colesterol ruim”) e dos hormônios de saciedade.
No entanto, para que os benefícios do fracionamento das refeições sejam alcançados, há a necessidade de boas escolhas dos alimentos que irão compor essas refeições intermediárias: evitar as opções ricas em gorduras, sódio, açúcar e farinhas “brancas”, ou refinadas, além de dar preferência às que contribuem com a manutenção da saúde, como os alimentos compostos por cereais integrais, as frutas, as oleaginosas (castanhas e nozes) e os lácteos nas versões com redução de gorduras e de açúcares, que agregam sabor e qualidade aos snacks.

Outro ponto de atenção é a forma de acondicionar os alimentos, se ele não for consumido imediatamente – no trabalho, na faculdade ou na escola. Afinal, há um risco de contaminação e proliferação de microrganismos, além da perda de qualidade de nutrientes do alimento. Algumas dicas de como armazenar e organizar os produtos que serão consumidos nos lanches são:
– Manter os alimentos perecíveis, como os iogurtes e os lanches recheados com frios, armazenados em geladeira ou em bolsas térmicas. E consumi-los assim que possível;
– As frutas devem ser armazenadas preferencialmente íntegras para não perder as propriedades nutricionais;
– Os alimentos devem ser sempre acondicionados em recipientes ou sacos plásticos próprios para alimentos, para que sejam preservadas suas características de sabor, aparência e qualidade nutricional.


Referências bibliográficas:
1. Blundell JE et al. Dietary fat and the control of energy intake: evaluating the effects of fat on meal size and postmeal satiety. Am J Clin Nutr.1993:57(suppl):772S-8S.
2. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia alimentar para a população brasileira / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção. 2014
3. Ekmekcioglu C, Touitou Y. Chronobiological aspects of food intake and metabolism and their relevance on energy balance and weight regulation. Obes Rev. 2011 Jan;12(1):14-25.
4. Gambardella AMD, Frutuoso MFP, Franch C. Prática alimentar de adolescentes. Rev. Nutr. Campinas. 1999;12(1): 5-19.
5. Geus, LMM et al. A importância na inserção do nutricionista na Estratégia Saúde da Família. Ciência & Saúde Coletiva, 16(Supl. 1):797-804, 2011.

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