No
ranking dos temores dos seres humanos, o medo de falar em público é o primeiro,
antes mesmo do medo da morte, de avião ou de aranha. Estatísticas da
Universidade da Califórnia apontam que 75% das pessoas temem falar em público.
Quando caracterizada como patologia essa fobia é chamada de “glossofobia”,glosso=língua,
fobia=medo. Porém, não há notícia de que alguém tenha morrido por fazer uma
apresentação em público, por mais catastrófica que tenha sido…
O medo de falar em público está
associado a temor de falhar. Quando alguém tem que se apresentar em público é
comum que pense: “Vai me dar um branco”; “Vou ficar nervoso”; “Vou ficar
vermelha”; “Eu vou gaguejar”; “Vou parecer ridículo; “Não vou saber o que
fazer”; “Vou tropeçar e cair no palco”, etc. Esse modelo de pensar cria
um círculo vicioso paralisante em que o medo de falhar fortalece o temor de
falar em público.
AFINAR
SEU INSTRUMENTO – O corpo
é o instrumento do palestrante. Não nos comunicamos apenas com a capacidade
intelectual. Quanto mais consciência corporal, incluindo postura, movimentos,
gestos, voz, sensações, percepções e emoções, maior a capacidade de uma
apresentação confiante que envolve a plateia numa experiência rica, estimulante
e relevante.
PRATICAR – Com o que se quer dizer em mente e de posse
da estrutura da palestra o trabalho é ensaiar. Iniciar pela abertura que deve
ser repetida exaustivamente, frente ao espelho, para alguém próximo, para si
mesmo em voz alta, frente a uma câmera. Desse modo percebemos que as palavras e
frases projetam-se sem grande esforço intelectual, livrando a mente do estresse
inicial e permitindo maior segurança e domínio da situação.
OLHAR PARA
A PLATEIA – Ao
transferir o olhar para quem está nos olhando, tiramos a atenção de nós mesmos
e amenizamos o medo, pois nossa atenção se transfere para os outros. A intenção
é criar sinergia e estabelecer uma relação de troca de energia positiva com a platéia
na ação simpática e generosa de compartilhar nosso conhecimento.
EXERCITAR
A RESPIRAÇÃO – Quando
nos preparamos para falar em público, apesar de não ser uma ameaça física,
através do sistema nervoso simpático nosso corpo aciona mecanismos estressores
de fuga ou ataque. As pupilas dilatam, o coração dispara, a respiração se
altera, dificultando nossa capacidade pulmonar. Saber respirar na região
abdominal pelo diafragma é um recurso essencial para tranquilizar todo o
organismo e vencer o medo.
UMA VEZ
NO PALCO, BRILHE! - É bom
saber que a plateia vai reagir à forma como nos colocamos frente a ela. Repare
que não estamos falando de como estamos nos sentindo e sim, de como as pessoas
estão nos vendo. Não dá para estar no palco e querer desaparecer, a plateia
perceberá quando queremos nos livrar da situação incômoda e das palavras. Uma
vez em foco, façamos nosso melhor sem pressão para acabar rapidamente. Em vez
de querer sumir, assumir e manter presença.
SER
INTERATIVO – Quando
abrimos para perguntas propondo dinâmicas de conversação que tem relação com o
tema e a estrutura da palestra, criamos um ambiente de cumplicidade racional e
emocional que respeita e aceita a diversidade das várias experiências de
entendimento presentes. Essa conduta de receptividade e flexibilidade desperta
o interesse pela proposta do palestrante e facilita a participação, a
compreensão e absorção do conteúdo.
A EMOÇÃO
É RECEPTIVA – Quando
nos preparamos e acreditamos no que estamos dizendo, sendo responsáveis pela
clareza da exposição de nosso conteúdo, mais atenção teremos de nossa plateia.
E se além de sentir, conseguimos expressar entusiasmo, isso pode comover a
plateia que se sentirá recompensada por nosso cuidado e respeito para com ela.
MOMENTO
ÚNICO – Falar
em público pressupõe, além do palestrante, a existência da plateia. Pensar que
o universo demorou bilhões de anos para colocar essas pessoas juntas faz desse
acontecimento um momento de singular importância. Agradecer por essa
oportunidade antes expor nossa mensagem ajuda a relaxar e imprime mais
naturalidade e leveza à nossa apresentação.
Colaboração de Alzira Andrade,atriz,diretora de
teatro,professora de teatro para falar em público e consultora de capacitação
em comunicação comportamental
www.teatres.com.br
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