A disfagia infantil é qualquer dificuldade no processo de deglutição que envolve a situação de alimentação e pode colocar em risco a nutrição e saúde geral do bebê.
Segundo a Fonoaudióloga Claudia Xavier, a disfagia
pode ocorrer desde o início de vida, dificultando ou impossibilitando a
amamentação, assim como outras formas de alimentação. A disfagia pode estar
relacionada a uma doença de base ou condições especificas do nascimento ou
desenvolvimento. Pode permanecer e dificultar também a alimentação
complementar. Alguns sinais podem ser indícios de que há algum problema:
- O bebê engasga com frequência quando mama, apresenta tosse com
frequência, demora para deglutir o leite, ficando resíduo na cavidade oral
- Fica muito cansado depois de mamar
- Apresenta esforço respiratório ao mamar, ruído, secreção, irritabilidade
e muita baba.
“ A sucção deve estar integrada à respiração e à deglutição. Esses três fatores devem estar em completa harmonia para que tudo corra bem”.explica Claudia Xavier
Além da
importância do leite materno para a saúde do bebê, a amamentação
fortalece e estimula o crescimento da musculatura da face, favorece a
respiração nasal e prepara para a alimentação complementar a partir do
sexto mês de vida. Mas, além da questão muscular envolvida na amamentação,
a situação de alimentação é a circunstância que exige maior
coordenação das habilidades adquiridas até o momento pelo bebê.
Não basta o bebê sugar. Essa falta de
coordenação pode dificultar uma mamada ou alimentação efetiva.
O fonoaudiólogo realiza um trabalho desde a
maternidade e segue em consultório quando necessário, para favorecer o desenvolvimento saudável do bebê .
A avaliação fonoaudiológica neste
momento e o trabalho terapêutico quando necessário, podem facilitar o
início de vida dos bebês que apresentam disfagia e de suas famílias,
possibilitando uma situação de alimentação prazerosa para mãe e filho.
No caso de bebês hospitalizados
por tempo prolongado, o fonoaudiólogo realizará trabalho terapêutico
específico para a transição da alimentação de sonda para via oral,
favorecendo desenvolvimento motor oral, diminuição de engasgos, coordenação
entre sucção, deglutição e respiração e organização global durante as mamadas.
Uma avaliação detalhada e
procedimentos adequados e individualizados podem organizar a vida inicial do
bebê, na mediada em que a alimentação é a base para o desenvolvimento da comunicação, interação, da motricidade orofacial e da
nutrição.
Fonte :Cláudia Xavier –
Fonoaudióloga doutora especialista em motricidade orofacial atendimento
clínico e hospitalar em bebês e crianças.
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