terça-feira, 12 de julho de 2016

Como superar a Síndrome do Ninho Vazio


Em um certo momento de nossas vidas, os filhos crescem  e seguem seu caminho. Apesar de sabermos que essa é uma lei natural da vida essa “perda “causa um sentimento de angustia e tristeza é a chamada Síndrome do Ninho Vazio.
Segundo a Psicóloga Elisabete Medina Ferreira, a Síndrome do Ninho Vazio  se instala quando há uma ruptura na ordem familiar, por que o filho sai de casa, para estudar, casar ou morar sozinho ou até mesmo a perda por morte.

“A duração se estende do momento da separação até a inclusão de uma nova ordem familiar. É fundamental que se estabeleçam novos objetivos para que não se caia numa depressão,pois em muitos casos, a saída dos filhos culmina com a menopausa da mulher, momento de extrema sensibilidade que pode potencializar essa dor, pois a mulher pode se sentir envelhecida e com poucas perspectivas para a retomada da sua vida” explica a psicóloga .
Elisabete Medina  reforça que  a forma como a pessoa encara a vida também é determinante para essa elaboração, pessoas mais otimistas enfrentarão melhor do que as mais depressivas ou as sem esperança, que sofrerão mais.
Se a saída do filho for consequência de brigas ou morte o processo de  superação será mais difícil e sofrido, diferente de quando a causa da ausência do filho  é por conta do casamento, mudança para morar sozinho, trabalhar ou estudar fora do país, essas causas facilitam uma melhor elaboração e a reorganização da ordem familiar. 
Quando a vida é construída em torno do filho a dor na sua saída será maior, porém, se a mãe ao longo da vida cultivou amizades, trabalho ou atividades que preenchem seu dia a dia,essa mudança será mais suave e natural, se o casal parental cultivou uma relação afetiva saudável vai encontrar novas formas de prazer nessa etapa de retorno à vida a dois preenchendo, dessa forma, o ninho e retomando a vida de maneira saudável. Ao mesmo tempo vai reconhecer  a legitimidade da saída dos filhos, estabelecer com eles uma relação madura e de troca e poderá ver e viver a construção do seu trabalho na educação que deu a eles.


Colaboração - Elizabeth Medina -Psicóloga 
betemf17@gmail.com

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