sábado, 5 de março de 2016

Salvador, ahh que delícia depois do carnaval


Se você não gosta de agito demais e multidão, vá viajar para Salvador depois do carnaval como eu fiz com meu namorado Maurício Lee e a minha enteada Beatriz Lee. Chegamos a capital baiana no dia 14 de fevereiro.O tempo estava excelente, as praias estavam movimentadas mas não cheias.Nas ruas, principalmente do circuito dos trios, faltava pouco para ser desmontado do que restou dos camarotes,o que foi um alívio para podermos enxergar as belas paisagens que a cidade tem a oferecer.A orla desde a praia de Itapuã até o farol da Barra, foi toda  reformada e podem se ver trechos com calçamentos em perfeito estado e com espaço para ciclovia.Ponto para o Prefeito Antônio Carlos Magalhães Neto, carinhosamente chamado de Netinho,que deixou a cidade, pelo menos na parte da orla, muito bonita.Vou aqui listar o que você não pode deixar de ver quando for a Salvador.
Pôr do Sol na Barra
Você sobe uma pequena montanha e atrás do farol  vê aquele mar maravilhoso e o sol se despedindo devagar.Os espectadores são os mais variados,famílias,casais, grupos de jovens cantando.O espaço é democrático e o espetáculo emociona à todos .



Quando sair do pôr do sol, vá em direção ao Rio Vermelho. A área foi reurbanizada e conta com barzinhos em uma praça onde você é recebido logo de cara pelas estatuas de Jorge Amado e Zélia Gatai . É nessa praça que você pode comer o acarajé da Dinha, um dos mais famosos de Salvador.Tem fila , mas vale muito a pena esperar.O Acarajé completinho sai por R$8,00 .



Igreja do Nosso Senhor do Bonfim
Ir a salvador e não conhecer a igreja do senhor do Bonfim é um pecado. O caminho é bem sinalizado e dá para ir de carro ou de ônibus. Ao chegar você fica extasiado com a beleza do lugar e, é claro. é assediado por vendedores  de fitinhas, figas e patuás.Não se deixe levar. Há lojinhas e uma baiana na lateral da igreja onde você adquire tudo pela metade do preço .Compre sua fitinhas e terços e entre na na igreja que tem sempre um padre para dar uma benção nas pessoas e aos objetos adquiridos.Detalhe o padre não benze os patuás africanos.

Salvador tem várias opções de praias deliciosas. Nós ficamos hospedados no Sesc Piatã, para quem é comerciário uma excelente opção com pensão completa, ótimo preço e localização. Bem em frente ao Sesc a praia é boa,mas se andar mais uns 500 metros em direção a Itapuã você encontra um trecho de praia com muitos coqueiros e o mar delicioso com poucas ondas  .
Passar uma tarde em Itapuã
Conhecer a praia Itapuã é  quase que obrigatório. Afinal foi lá que Vinícius de Moraes passou muitas tardes quando morou na Bahia e imortalizou o local em uma linda canção. Não fique na praia logo em frente a praça principal, entre e vá até o farol você verá uma praia linda e quase deserta nos dias de semana fora d temporada.No caminho,você vai cruzar com uma estátua do Poetinha bebendo em uma pracinha que fica em frente a sua antiga casa, que hoje é um restaurante e hotel.Detalhe,o copo dele foi roubado, mas isso não tira a beleza da estátua.
Praia do Forte 
Outra opção de  praia, só que bem mais distante é a Praia do Forte.Saindo de Salvador de carro em direção ao litoral norte, deve-se seguir rumo ao aeroporto. De lá,o acesso é feito pela BA-099, conhecida como estrada do côco, que começa na divisa entre Salvador e Lauro de Freitas e termina no trevo de entrada da Praia do Forte. A estrada é ótima, pista dupla, um tapete . Demora cerca de uma hora  para chegar mas vale muito a pena. O local é  cheio de resorts e pousadas, e tem uma vila que é uma delícia. Mas a praia é  a grande estrela do lugar. Se puder vá até o final do vilarejo e entre por uma trilha de pedras, de fácil acesso e você chega na praia conhecida como Papa Gente. Respire fundo o lugar é de perder o fôlego. Mar azul, coqueiros e uma estrutura simples com preço bem honesto.
A vilinha da praia do forte é bem estruturada.Você pode encontrar restaurantes, bares e lojinhas de souvenirs e também grandes lojas de griffes.A pedida para quem gosta de peixe e frutos do mar,é o restaurante Obá Moquecaria.O preço é bom e os pratos servem três pessoas.

Na praia do forte  você pode conhecer o projeto Tamar.Eu já conhecia,de outra viagem que fiz a Bahia, mas desta vez achei meio abandonado. Mas vale a pena para conhecer as tartarugas gigantes.
Nos despedimos da praia do forte com vontade de voltar em breve.Afinal,faltou conhecer mais por lá, continuando pela estrada do côco. ainda tem outras praias que dizem serem maravilhosas,como a de Imbassai .Mas essa fica para uma próxima visita a esse paraíso baiano.


O Pelourinho é um lugar incrível.Com suas ladeiras de pedras,casarios e igrejas.
 Andar por lá é como viajar no tempo.Em cada canto se respira história e cultura .Reserve um bom tempo para conhecer o lugar, pois a maioria das igrejas ficam abertas só até às 16 horas.Nos chegamos depois desse horário e só conseguimos ver a fachada da Igreja de São Francisco, que dizem que por dentro é toda revestida de ouro.

No Pelourinho da para tirar fotos com baianas caracterizadas,experimentar as guloseimas da gastronomia regional e ouvir o som gostoso de batuques e berimbaus .Mas atenção!, Muitos vendedores se aproximam e já amarram várias fitinhas do Senhor do Bonfim em seu braço e lhe colocam colares dizendo "que é de graça".Puro xaveco.Depois eles te cobram R$20 reais a 40 reais, por um colar feito de sementes que não valem nem R$ 5 reais. Tirando isso, é um passeio incrível.


Nos últimos dois dias da nossa estadia em Salvador,tivemos a sorte ou como dizem os baianos,o axé de contarmos com a companhia do soteropolitano, José Fraguas.
 Ele,que é nascido e criado nas ruas de Salvador, nos mostrou muitos lugares, que só quem é nativo do local ,ensina .Fomos conhecer vários recantos da Cidade Baixa,como a ponta do Humaitá e seu farol  e terminamos o dia saboreando o sorvete mais delicioso da cidade que é o da sorveteria da Ribeira, no local que leva o mesmo nome.

Salvador é uma cidade linda! Claro, tem problemas como todas as grandes capitais do país com ainda muita desigualdade social, pobreza e lugares mal conservados. Mas ainda vale muito a pena conhecer suas praias, igrejas, lugares históricos e sua culinária maravilhosa!

Texto Valéria Rambaldi  com colaboração de Maurício Lee.

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