sexta-feira, 18 de março de 2016

Excesso de tecnologia e os prejuízos para as crianças

Os brinquedos e jogos tecnológicos estão cada vez mais sendo usados por crianças e até bebês.O que parece apenas sinal dos tempos, na verdade pode gerar vários problemas físicos e mentais se não forem usados com parcimônia.
Conversamos com Marilisa Viduedo Fraga, psicóloga e psicanalista infantil que explica como os pais e responsáveis devem agir para evitar que o excessos sejam prejudiciais as crianças.
“Tudo que é exagerado causa algum dano à saúde física ou mental e torna-se, nesse caso, um círculo vicioso de prejuízos. A criança que fica muito tempo em frente ao computador cria um desfiladeiro de problemas que vão se desencadeando dia após dia, desde dores nas costas por má postura, aumento de peso e gordura corporal por falta de atividade física e problemas de tendinite por esforços repetitivos. No caso do comportamento, ela se torna  insatisfeita com as atividades do seu dia a dia, prefere  ficar isolada socialmente sem nenhum interesse pelo outro, pela família, amigos. estudos ou para  qualquer brincadeira lúdica que a afaste do computador “explica a psicóloga.
 Segundo Marilisa Viduedo Fraga com  a vida atribulada de hoje, manter as crianças entretidas com jogos eletrônicos e internet  acaba sendo uma saída para os pais darem conta de todo o serviço dentro e fora de casa.
“Outro aspecto que deve ser observado  é que se não está "cômodo" e "mais fácil" que o filho ou a filha estejam quietos,sem fazer bagunça e se divertindo ali no seu mundo eletrônico ou virtual, sem dar trabalho ou pedir nada. Com isso, as relações familiares tornam -se vazias e distantes e muito  pobres de conteúdo, pois não há uma troca afetiva natural.
Tanto a mãe quanto o pai devem estabelecer horários e regras para que as crianças e os adolescentes utilizem os jogos e o computador.Os pais devem oferecer alternativas lúdicas, passeios,conversas, incentivar a leitura e brincadeiras que passem longe da tecnologia,explica a psicóloga.
Marilisa aborda que além do perigo da compulsão,principalmente entre os adolescentes, há também riscos da falta de limites que o vídeo game induz ou a fantasia que existe em um lugar onde tudo pode."Nesse ambiente ele passa a confundir a vida real com a fantasia do jogo e as consequências estão vindo à tona como o excesso de violência".
Marilisa Viduedo Fraga complementa que os pais devem observar  quando a criança ou adolescente começa a demonstrar o afastamento e reclamar que tudo está "chato", passa a negar as atividades com as pessoas mais próximas, demonstra isolamento nos fins de semana e passa madrugadas acordado jogando.
"Pode ser sinal de que está precisando de atenção e valorização das suas capacidades que não sejam de ordem virtual nem tecnológicas e muitas vezes por mais que isso seja " clichê" está faltando simplesmente mais atenção e carinho dos pais".
  
Marilisa Viduedo Fraga 
Psicologa Psicanalista infantil
CRP:06/49710
Tel:11 3746-9978
Cel:11 99492-8474
Rua Domingos Simões, 207.
Morumbi-São Paulo 

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