Os brinquedos e jogos
tecnológicos estão cada vez mais sendo usados por crianças e até bebês.O que parece apenas sinal dos tempos, na verdade pode gerar vários
problemas físicos e mentais se não forem usados com parcimônia.
Conversamos com
Marilisa Viduedo Fraga, psicóloga e psicanalista infantil que explica
como os pais e responsáveis devem agir para evitar que o excessos sejam prejudiciais as crianças.
“Tudo que é exagerado
causa algum dano à saúde física ou mental e torna-se, nesse caso, um círculo
vicioso de prejuízos. A criança que fica muito tempo em frente ao computador
cria um desfiladeiro de problemas que vão se desencadeando dia após
dia, desde dores nas costas por má postura, aumento de peso e gordura corporal
por falta de atividade física e problemas de tendinite por esforços
repetitivos. No caso do comportamento, ela se torna insatisfeita com as atividades do seu dia a
dia, prefere ficar isolada socialmente sem nenhum interesse pelo outro,
pela família, amigos. estudos ou para qualquer brincadeira lúdica que a afaste do
computador “explica a psicóloga.
Segundo Marilisa Viduedo Fraga
com a vida atribulada de hoje, manter as crianças entretidas com jogos
eletrônicos e internet acaba sendo uma
saída para os pais darem conta de todo o serviço dentro e fora de casa.
“Outro aspecto que deve
ser observado é que se não está "cômodo" e "mais
fácil" que o filho ou a filha estejam quietos,sem fazer bagunça e se divertindo ali no seu mundo eletrônico ou
virtual, sem dar trabalho ou pedir nada. Com isso, as relações familiares tornam
-se vazias e distantes e muito pobres de conteúdo, pois não há uma troca
afetiva natural.
Tanto a mãe quanto o pai devem estabelecer
horários e regras para que as crianças e os adolescentes utilizem os jogos e o computador.Os pais
devem oferecer alternativas lúdicas, passeios,conversas, incentivar a leitura e brincadeiras que
passem longe da tecnologia,explica a psicóloga.
Marilisa aborda que além do perigo da compulsão,principalmente entre os adolescentes, há também riscos da falta de limites
que o vídeo game induz ou a fantasia que existe em um lugar onde tudo pode."Nesse ambiente ele passa a confundir a
vida real com a fantasia do jogo e as consequências estão vindo à tona como o excesso de violência".
Marilisa Viduedo Fraga
complementa que os pais devem observar
quando a criança ou adolescente começa a demonstrar o afastamento e reclamar que tudo está "chato", passa a negar as atividades
com as pessoas mais próximas, demonstra isolamento nos fins de
semana e passa madrugadas acordado jogando.
"Pode ser sinal de que
está precisando de atenção e valorização das suas capacidades que não sejam de
ordem virtual nem tecnológicas e muitas vezes por mais que isso seja "
clichê" está faltando simplesmente mais atenção e carinho dos pais".
Marilisa Viduedo Fraga
Psicologa Psicanalista infantil
CRP:06/49710
Tel:11 3746-9978
Cel:11 99492-8474
Rua Domingos Simões, 207.
Morumbi-São Paulo
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